sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
A Radiologia e suas Especialidades
Nas últimas décadas foram acrescentados novos métodos aos já tradicionais raios-x. A ultrassonografia, a ressonância magnética nuclear , a mamografia, os novos equipamentos de tomografia computadorizada e muitos outros avanços vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais interessante. A radiologia está dividida em especialidades, tais como:
. Médica (para estudos de orgãos e estruturas de humanos);
Radiografia
Tomografia Computadorizada
Ressonância Magnética Nuclear
Densitometria Óssea
Mamografia
Ecografia ou Ultra-sonografia
Arteriografia ou Angiografia
A arteriografia poderá ser realizada na aorta (em suas três porções: ascendente, torácica e abdominal), artérias cerebrais (carótidas, vertebrais e seus ramos) e nas artérias periféricas (renais, mesentéricas e dos membros inferiores). A arteriografia poderá ser eletiva (programada) ou realizada de forma emergencial (por exemplo, em uma dissecção aguda da artéria aorta).
Orientações antes do exame:
- Jejum de, pelo menos, seis horas. É necessário a presença de um acompanhante, preferencialmente um familiar , durante o exame.
- Medicações de uso habitual não deverão ser suspensas , exceto os anticoagulantes orais , por 5 a 7 dias, pelo risco de sangramento (o RNI deve estar abaixo de 1,5) e a metformina (medicação para o tratamento do diabete melito) por 48 horas, pelo risco de interação adversa com o contraste e lesão renal.
- Exames de interesse deverão ser trazidos no dia do exame (ecodoppler vascular ou outros realizados previamente).
- Pacientes alérgicos a contraste deverão fazer um preparo prévio ao exame com medicações anti-alérgicos.
- Pacientes com disfunção renal, ou com risco de desenvolvê-la, poderão necessitar de alguma medicação ou internação prévia para hidratação com soro fisiológico, visando minimizar riscos de disfunção renal ocasionada pelo contraste do exame (este deverá ser de um tipo especial, com menos potencial de lesar o rim). Pacientes renais crônicos deverão fazer diálise no dia que antecede o exame.
Como é feita ?
- A arteriografia geralmente é realizado apenas com uma anestesia no local, aonde é introduzido o cateter. No entanto, poderá ser realizado sob anestesia geral de curta duração. O exame é realizado em um local apropriado, chamado de laboratório de hemodinâmica, o qual é aparelhado com todos os equipamentos e as medicações necessárias para a realização do exame com segurança. Geralmente a equipe é composta por um médico, uma enfermeira e um técnico especializado.
-Com o paciente deitado em uma maca, um cateter é introduzido por uma artéria periférica (geralmente a artéria femural na virilha) e é conduzido até as artérias que serão estudadas com o exame.
-Terminado o exame, é feito um curativo compressivo no local da punção arterial. É necessário que o paciente fique internado para observação de possíveis complicações no local da punção, como por exemplo , sangramentos.
Indicações :
- Arteriografia eletiva : indicada principalmente para o diagnóstico e avaliação da gravidade da aterosclerose em diversos nos territórios arteriais, como : artérias cerebrais (doença vascular cerebral), aorta e as artérias periféricas (mesentéricas, renais e dos membros inferiores - leia as páginas sobre doenças da aorta e doença arterial periférica). Outras indicações da arteriografia incluem a investigação de aneursimas e má formações arteriais.
- Arteriografia de emergência: indicada para doenças agudas que acometem as artérias, como a dissecção aórtica aguda, as embolias (coágulos provenientes de outros locais , que entopem as artérias) ou as tromboses (formação de um coágulo em uma placa de gordura na parede da artéria , obstruindo-a gravemente).
Riscos:
As complicações mais comuns são : reações alérgicas ao contraste , sangramentos no local da punção ( podendo haver a formação de um hematoma ou levar a uma anemia aguda ) , reação vaso-vagal ( queda da pressão arterial acompanhada de sudorese e palidez ) e disfunção renal induzida pelo contraste. Complicações graves são muito raras.
Fluoroscopia
O exame de fluoroscopia também utiliza a tecnologia de raios x. Podemos dizer que o exame de raios x é a aquisição de imagens simples, como uma fotografia, ao passo que a Fluoroscopia exibe uma seqüência de várias imagens simples, como um filme. O exame de fluoroscopia pode ser executado com ou sem o uso de contraste. Os contrastes são usados para visualizar espaços ocos ou vasos, como, por exemplo, exames do abdômen, intestinos, articulações ou para a exibição de veias. O radiologista pode acompanhar a trajetória do contraste nos órgãos. A fluoroscopia sem contraste geralmente é usada como diagnóstico de apoio para a radiografia convencional, por exemplo no exame dos pulmões.
Radioterapia
Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos ou aceleradores lineares.
Braquiterapia: que é o tratamento através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.
Radioterapia Externa: É um tratamento de radioterapia em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa. Ou seja, a radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento a radiação também atinge todas as estruturas (tecidos e orgãos) que estiverem no trajeto do tumor. Nesse caso, a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 1cm a 1m da região a ser tratada. Os equipamentos utilizados na teleterapia podem ser quilovoltagem, de megavoltagem e de teleisotopoterapia.
Equipamentos de Quilovoltagem: São tubos convencionais de raios X. A voltagem aplicada entre os eletrodos é no máximo de 250 kV. Por essa razão, esses equipamentos são usados principalmente no tratamento de câncer de pele. Nesse tratamento o paciente é submetido a doses de 300 rad (3Gy) até atingir um total de 6000 rad (60 Gy).
Equipamentos de Megavoltagem: Nessa classe se situam os aceleradores de partículas como aceleradores lineares e bétatrons. Num caso típico em que os elétrons atingem uma energia de 22 MeV, a dose maxima devida a raios X ocorrerá entre 4 e 5 cm de profundidade, decresce para 83% a 10 cm e para 50% a 25cm. Portanto na terapia de tumores nos órgãos mais profundos como pulmão, bexiga, próstata, útero, laringe, esôfago, etc.
Braquiterapia: A Braquiterapia é uma forma de radioterapia na qual a fonte de radiação é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente. Materiais radioativos, geralmente pequenas cápsulas, são colocadas junto ao tumor liberando doses de radiação diretamente sobre ele, afetando ao mínimo os orgãos mais próximos e preservando os mais distantes da área do implante.